Vivemos num tempo em que a complexidade é muitas vezes confundida com valor. Mas há uma beleza serena e profunda na simplicidade — aquela que não grita, mas sussurra; que não ostenta, mas acolhe.
A simplicidade está nas pequenas coisas: no café quente ao amanhecer, no silêncio que repousa entre duas boas conversas, no céu limpo depois da tempestade. Revela-se na rotina, nos gestos sinceros, nos espaços sem excessos, onde cada coisa tem o seu lugar e o seu tempo.
Ser simples não é ser menos. É, na verdade, escolher com mais consciência. É saber o que é essencial e abrir mão do que apenas ocupa espaço — no lar, na agenda, na alma. A simplicidade é um tipo de sabedoria: a arte de viver com leveza, sem precisar de enfeites para ser inteiro.
Na simplicidade, tudo ganha mais sentido. As palavras têm mais peso. Os afectos são mais verdadeiros. A vida, mais plena.
Menos é mais — não como regra estética, mas como filosofia de vida. Porque quando se tira o excesso, o que fica é o que realmente importa. E isso é belo.
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